Seria possível comemorar um aniversário, onde o aniversariante fosse deixado do lado de fora? Será que o homem seria insensível o bastante para cometer tal desatino? Imagine participar de uma festa de aniversário de um filho sem que ele estivesse presente ou, por puro capricho, o deixassem de lado! Seria algo impensável, não é mesmo!?
Bem, chegamos no final de mais um ano e há um clima de festa no ar. As pessoas se movimentam para todos os lados numa busca frenética por alegria, paz, felicidade. As cidades são ornamentadas com decorações e luzes coloridas, as praças são enfeitadas com pisca-piscas e até com casinha do papai noel! As crianças são fotografadas ao lado do “bom velhinho”. Há um presépio também, ilustrando o nascimento do Salvador, mas são somente alguns animais ao lado de uma manjedoura, uma criança ao centro, juntamente com os seu pais. Ah, legal... mas o que nós queremos mesmo é ir ver o bom velhinho, ganhar balas e fazer o nosso pedido de natal, ganhar uns brinquedos, talvez um carro, um celular, uma bela roupa. Sim, o que queremos mesmo é ganhar um belo presente.
E como num passe de mágica, no final do ano, a vida se transforma numa magia. O natal do consumo, o natal das belas ceias, o natal da troca de presentes, o natal das viagens em família, o natal dos amigos secretos, o natal dos encontros... Eu não diria que tudo isto é ruim, eu estaria sendo leviano e duro demais. Mas, o que me entristece é ver como anda o coração da maioria das pessoas. Há trecho de uma canção de uma banda de música chamada Fruto Sagrado, que diz assim:
“Você já esqueceu do aniversário de quem você ama?
Já esqueceu o nome de alguém que te ama?
Mas chega o fim do ano é tudo igual
Eu acho que vocês acham que eu sou débil mental
São mais de 300 dias debaixo da opressão
Medo da guerra, da bala perdida, medo do medo da solidão
Eu vejo os shoppings lotados, ruas lotadas
E avenidas decoradas por corações vazios”.
Papai noel não se entregou numa cruz para a remissão dos nossos pecados; o bom velhinho não derramou o seu sangue para que através dele fossemos lavados de toda impureza. Presentes não podem jamais substituir a cruz! Onde está a verdadeira essência do natal? Em que momento da história o aniversariante foi tirado de cena e se tornou um mero coadjuvante? Este show precisa parar!
O verdadeiro natal é aquele que anuncia a chegada do Cristo Salvador ao mundo, o nascimento da esperança para uma humanidade perdida e pecadora. Como anuncia as Escrituras em Lucas 2:10-14.
O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo:
é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura.
E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo:
Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.
Toda honra, toda glória, todo louvor ao nosso Senhor Jesus Cristo! Nasceu o Salvador, nasce a esperança em nossos corações. O verdadeiro natal precisa ser celebrado em todo o tempo, o Deus da salvação precisa ser o propósito de vida de um cristão. Jesus é o nosso guia, o nosso Sumo Pastor. Não se deixe seduzir pelo falso natal, um natal distorcido e decadente.
Nasceu o Rei, viva o Rei da Glória! Senhor forte e podereso!
Presbítero Silas Gomes Duarte