08/12/2021 00h29
- Atualizado em 08/12/2021 00h30
As pessoas sempre estão tentando se recuperar, seja de uma doença, luto, falência, desemprego, coração partido, da pandemia que já dura quase dois anos, da incerteza quanto ao próximo ano. E elas precisam de ajuda.
Alguém disse que pessoas são como cebolas: tira-se uma casca e fica outra. Quando pensamos que entendemos alguém, descobrimos que não chegamos nem perto. Se nós mesmos não nos entendemos, como esperar entender os outros? Então, como ajudar? Vou indicar aqui um meio muito eficiente para começarmos: o incentivo.
A palavra de ânimo, quando sincera, tem um poder extraordinário. Ao contrário dos que só criticam destrutivamente, quando surge alguém com uma palavra de elevação, ele é visto com a importância de uma brisa fresca num rosto suado de cansaço e calor e tão atraente quanto um sofá macio para quem esteve de pé o dia todo.
Não julgue a pessoa que precisa de ajuda. Use o poder de encorajar que você tem. Aplique este dom inicialmente em casa. Não reclame de teus pais, mas lhes dirija palavras de incentivo para continuarem cuidando de você. Cesse as cargas de críticas desnecessárias aos filhos que tateiam pela vida procurando seu espaço e lhes diga o quão especiais eles são, e que você deposita neles boas esperanças. Fale para a pessoa amada do valor que ela tem, não a diminua, lembre-se que você faz parte das escolhas dela.
Recentemente o ator Paulo Betti comparou um goleiro de futebol, que agradeceu a Deus pela vitória, a outro goleiro que teria assassinado sua companheira. Que oportunidade magnifica este ator perdeu de elogiar o devoto por não ter se tornado um assassino, mas um grato adorador! É disto que falo: o poder da palavra de apoio e a força da palavra de destruição.
Passe a usar boas palavras e descubra como é difícil. Mais fácil é reclamar, julgar e procurar culpados. Quanto às pessoas que estão se esforçando para vencer, não as empurre para baixo, antes, ofereça-lhes a mão ou, no mínimo, ofereça-lhes palavras que as ajudem subir.