15/11/2021 23h36 - Atualizado em 15/11/2021 23h36
O título é óbvio para quem compartilha vida com suas palavras. Mas é estranho e chega a ser repulsivo para quem está impregnado de palavras que matam. Sim, palavras matam e quando não matam, ajudam a matar. Há alguns anos vi um vídeo chocante. Alguém ameaçava pular de um apartamento. Em baixo, na calçada, dentre as pessoas assustadas, alguns gritavam “Pula! Pula! ”. Que horror! Não só incentivavam a morte, como riam do que, para eles, parecia algo engraçado. Tive uma professora de Estudos Sociais que dizia, quando algum aluno insistia numa micagem que só ele achava divertida: “cada um se diverte com aquilo que acha engraçado”. Já a morte não é engraçada. O sofrimento também não. Palavras destrutivas não são bem-vindas, nem com a desculpa de querer “lacrar”.
No meu aniversário recebi centenas de mensagens de vida. Me alegrei com elas, mas não vou fazer um agradecimento coletivo, pois não fui abençoado coletivamente. Como faço todos os anos, responderei a cada pessoa, lhes enviando palavras de vida. O que é do Bem, deve ser espalhado, compartilhado.
Quando se emitem palavras de raiva, de estupides, isso não faz do emissor uma pessoa “descolada”, só mostra o quanto ela é infeliz e estúpida, e como precisa de ajuda! A isto não se atribui valor positivo. Já leu algum anúncio de emprego dizendo: há vagas para pessoas “mocreias” e ignorantes? Não, né? Pessoas assim não são procuradas, são evitadas. O contrário é verdadeiro, cada vez mais!
A vida não é bela, diriam alguns. Não há como negar esta verdade. Mas este amargor da vida é resultado das minhas e das tuas ações. Nós podemos fazer da vida um espaço melhor. Comecemos por trocar as palavras fétidas por palavras de elevação, que fazem o bem a quem ouve, ainda que nós mesmo não estejamos tão bem. Assim como as mães fazem, quando tudo nos parece perdido. Elas nos beijam, abraçam e nos dizem: amanhã tudo será melhor. Como são agradáveis e transformadoras as Palavras de vida!