CANSANDO, CANSADOS, MAS...
É verdade! Estamos cansados ou nos cansando.
Acabamos de iniciar o segundo ano sob uma pandemia que deixa o mundo acuado, com pessoas batendo cabeças sem saber ao certo para onde ir.
O cansaço é por sermos tratados como massa de manobra nas mãos de poderosos inescrupulosos, por sermos colocados abaixo das inimagináveis somas de dinheiro que a covid-19 rende aos insaciáveis. Por sermos tratados como simples porcentagem nas mãos dos que antecipam as eleições de 2022.
Por nos sentirmos presos em jaulas, sendo fustigados pelos meios de comunicação que, curiosamente, só divulgam um lado das notícias.
Por sermos desprezados por jovens inconsequentes que, de uma forma ou de outra, se matam lentamente em festas e pancadões clandestinos, esnobando do direito de levar a morte para dentro de suas casas, tudo a preço de algumas (ou muitas) doses de bebidas alcoólicas ou entorpecentes proibidos. Jovens que pensam estar lutando pela liberdade de se divertir quando estão abusando da prática criminosa de atentar contra a vida de quem quer simplesmente viver.
Estamos exaustos de perceber que, no fundo, as maiores preocupações são só financeiras e políticas e que a preocupação com a nossa saúde está, de fato, somente na base da pirâmide, nas cabeças dos profissionais que estão na linha de frente.
Estamos cansados ou nos cansando, mas não estamos derrotados.
A páscoa nos faz olhar para a gloriosa pessoa do Senhor Jesus Cristo que atravessou a morte trazendo a vida em abundância aos que creem. Ele nos mostrou que os poderosos, manipuladores e assassinos de qualquer idade não ficarão impunes, pois a lei universal do “o que se planta, colhe” ainda está valendo.
Portanto, não nos iludamos. Ainda que cansados, alimentemos a fé em dias melhores. Há um Ser maior que ouve nossa voz rouca, vê nossa falta de ar, nossas lágrimas de luto. Ele saberá nos dar o descanso e o alento que buscamos.
Feliz Páscoa, apesar de tudo.